Viscosidade
Uma das características mais importantes do óleo é sua
viscosidade. Definida como resistência ao escoamento, a viscosidade está
diretamente associada à manutenção da pressão de lubrificação no sistema,
preenchendo as folgas de trabalho determinadas no projeto do motor. Motores com
menores folgas exigem óleos com menor
viscosidade e vice-versa. Como as folgas variam durante o funcionamento do
motor – um motor frio tem folgas
diferentes em relação ao motor aquecido - , é necessário que o óleo lubrificante
acompanhe essas variações. Para isso foram desenvolvidos oléos multiviscosos,
que tem na sua formulação compostos químicos capazes de alterar a viscosidade
em função da temperatura.
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Imagem: Marcas Petronas, AcDelco e Elaion |
SAE
A classificação de viscosidade é determinada pela norma SAE –
Sociedade dos Engenehiros Automotivos – dos EUA. Os graus de viscosidade variam
de 0 a 60 e estão associados a determinada faixa de temperatura ambiente.
Quando estampada na embalagem do produto a letra “W” (Winter
– inverno), indica que o lubrificante é ideal para temperaturas baixas. Nesses casos
para a letra “W” a classificação de viscosidade varia de 0W a 25W.
Um óleo lubrificante que apresente na embalagem a inscrição
API – SL 15W-40 ou 20W-50 é classificado como um óleo multiviscoso, que atende
a diversas faixas de temperatura.
API
Já as normas API – Instituto de Petróleo Americano – definem
a classificação de serviço do lubrificante. Para isso usam a letra “S” nos
motores a gasolina e álcool e “C” nos motores diesel, acompanhada de uma
sequencia crescente das letras do alfabeto. Nos últimos 20 anos tivemos óleos classificados
como SG, SH, SJ e mas recentemente SN. Essas classificações acompanham as evoluções
tecnológicas dos motores.
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Marca Petronas - Selenia Perform, classificação: 5W-30 API SL |
Óleos sintéticos
Além dos óleos minerais – derivados de petróleo - ,
encontramos no mercado óleos de bases sintéticas e semi-sintéticas. Estes últimos
possuem propriedades que permitem o prolongamento dos intervalor de troca,
maior resistência as altas temperaturas e a oxidação, entre outras. Consulte o
manual do veiculo para saber qual o tipo e a classificação do óleo recomentados
pelo fabricante do veículo, lembrando de utilizar sempre o mesmo tipo de óleo,
inclusive quando for apenas completar o nível do cárter.
As funções do óleo
- Reduzir o atrito entre as partes móveis do motor.
- Permitir uma partida fácil.
- Eliminar impurezas resultantes do desgaste normal das peças.
- Promover a dissipação do calor resultante da combustão e atrito.
- Proteger contra a corrosão e a ferrugem.
- Proporcionar vedação contra as pressões da combustão.
- Evitar a formação de espuma.
- Contribuir para a economia de combustível e emissão de poluentes.
A vida útil do óleo
O óleo para motores automotivos perde suas propriedades de
lubrificação quando seus compostos químicos – aditivos, detergentes,
antioxidantes etc – se contaminam. A contaminação é causa por: Poeira e partículas
de metal, água e ácido resultantes do processo de combustão, fuligem (resíduos de
carbono) e carvão provocados pela combustão incompleta.
Combustível adulterado.
Um óleo de boa qualidade pode dispersar essas substâncias
nocivas durante algum tempo. Quando o intervalo e troca é negligenciado, essas partículas
começam a se depositar nas galerias e no filtro em forma de borra e verniz,
comprometendo a durabilidade do motor.
faixas de temperatura.
Yugo